sexta-feira, 18 de outubro de 2013

quase o fim

Diante desse colossal sono que a falta dela me trás, A ausência me apanha a vontade de existir Sem a terra dos nossos toques, habito as lacunas do viver Um sol sem farol para aclarar essa dor e apagar a sombra que me nubla o peito Um riacho sem entusiasmo ancorou sua correnteza na solidão e perdeu o motivo para desaguar em qualquer outro ventre Afinal minha fruta tem sabor de nada se a boca que me abocanha não tiver os lábios da amada Lágrimas de letras, aquarela angustiada, mancham o branco linho que bem vestia nossa paz Jazz o nosso “de hoje em diante” e a historia passa a ser escrita “de cá para trás”, batemos a porta do amanhã na cara da felicidade, libertando da gaiola somente a araponga do passado, e em um vôo franco, apenas as recordações alcançarão nosso céu, somente lembranças transarão o nosso ardor Um pouco morto...eu vivo! Por muito pouco... não levanto! Com tanto pranto... não tenho socorro! Sem o seu sopro... meu vento é o choro! De qualquer morro... desabo amargura! Na secura da saudade... atado me esqueço! De um grande amor...vencido despeço! Meu preço no agora...é uma nota rasgada! O afeto se lançou da escada...partiu nosso sonho ao meio.

Nenhum comentário:

Postar um comentário